sábado, 31 de janeiro de 2015

Confusa. Deserta. Incerta. Calada.
Sem prosa, nem verso, nem nada.
Cansada. Carente. Decente. Tentada a fechar a gaveta e dar férias para os sonhos.
Inversa. Salgada. Irritada. Ausente. Dispensando as lembranças cítricas que revelam a realidade.
Anônima. Urgente. Carregando o silêncio constante como promessa precisa de sobriedade.
Consciente. Imersa. Absurda. Largada. Teimosa. Desfazendo a memória do que insiste e fere.
Aprendiz de caminhos virgens, arruma sua lógica e desnuda os desejos empilhados.
Ita Portugal
" Ela não precisa mais provar nada. Já sofreu separações, e tem consciência de que suporta o sofrimento. Já superou dissidências familiares, e tem consciência de que a oposição é provisória. Já recebeu fora, deu fora, entende que o amor é pontualidade e que não deve decidir pelo outro ou amar pelos dois. Cansada das aparências, cometerá excessos perfeitos. É mais louca do que a loucura porque não se recrimina de véspera. É ainda mais sábia do que a sabedoria porque não guarda culpa para o dia seguinte. Não há depois, é tudo agora."
Fabricio Carpinejar
Não me engane,
Posso surpreendê-lo.
Minha carinha
De menina fofa e ingênua
Esconde uma mulher
Astuta e sagaz.
Rapaz,
Eu enxergo no escuro...
E de olhos fechados!
Dany WR
Me apaixono pelas belezas mais leves,
sinto os impulsos mais pesados,
disfarço minhas loucuras e movimentos involuntários,
aguardo o momento exato para deixar claro o que sinto,
mas acontece que cada caminho tem suas pedras,
e não sabemos por quais moinhos já passaram outras águas,
mesmo assim procuro ser claro e sinceramente,
comentar sobre equívocos e aprendizagens,
mas nisso é triste perceber a falta de compreensão da outra parte,
ou os valores que quando distantes se tornam muros,
e continuo caminhando em uma ponte quase arrebentando,
com as mesmas cordas que seguram no amor em si que acredito,
e o peso da solidão muitas vezes castiga,
mesmo assim acredito encontrar uma fonte de água limpa...
Gilmar Santos.
Mundo de silêncio cheio de palavras vazias
Tempo vulnerável que num segundo muda o mundo
Mundo de solidão marcado por rótulos, invólucro
Tempo de promessas dispersas, deixadas, perdidas
... O que sou? Se não um emaranhado de circunstâncias e desejos, de instintos e medos. 
O que quero? Se tudo o que não quero é descobrir que por dentro do meu lamentável Eu existe alguém que sempre deu adeus. 
Adeus ao mundo. Aos sentimentos. Ao universo e a mim mesma...
Novamente me pergunto o que sou. E me espanto ainda mais... Faltou resposta!!!

Meire Araújo
Quero calmaria em minha alma, esquecer e me enaltecer...
Esvaziar -me de você...
Quando ele se for ela saberá que ele sempre esteve por perto... Grandes perdas acontecem ao poucos... Pequenas despedidas... Talvez traga flores quando voltar... O quão criminoso será ao matar tantas rosas em nome de um sorriso que nem o pertence? 
Já perdoei-me por não ser perfeito... Acho que já posso começar a viver...