terça-feira, 29 de setembro de 2015



O que me dizes
do silêncio que fala
do silêncio que grita
mas ninguém escuta
a não ser eu mesma...
esse silêncio interno
que cresce e cresce
sobe pela garganta
e para... sufoca
explode no ouvido
o que me dizes
da palavra não dita
mas tão pensada
pensada mil vezes
chicoteada na memória
marcada a ferro e fogo
o que me dizes
da dor engolida
mal digerida
ulcerada e sangrante
mas invisível...
nada me dizes
nada ouves
nada podes ver
nem mesmo sentir
pois tudo é silêncio

Mô Schnepfleitner

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Nada irá modificar essa verdade...
Prefiro sentir dor... Do que não sentir nada...
Mas tenho medo... Medo de não suportá-la...
Este silêncio sufoca minha alma...
Deve ter sido amor... mas agora acabou

Deixe um suspiro no meu travesseiro
Deixe o inverno pros outros
Eu acordo sozinha, tem um silêncio no ar
No quarto e em toda parte

Toque-me agora, eu fecho meus olhos
E me perco em sonhos

Deve ter sido amor, mas agora acabou
Deve ter sido bom, mas eu o perdi de alguma forma
Deve ter sido amor, mas agora acabou,
Do momento que nos tocamos até o tempo que passou

Faço de conta que estamos juntos
Que estou abrigada pelo seu coração
Mas por dentro e por fora estou desabando
Como uma lágrima na palma de sua mão

E é um duro dia de inverno
Eu sonho...
Segue a proa confiante, porque o rumo que deves seguir é o horizonte.
Desculpa por eu acordar com o pensamento em você
Mas você ainda está presente em meu viver
Desculpa por ainda achar que te tenho em minhas mãos
Mas é que as minhas loucuras saem do meu coração

Desculpa se eu te respiro e te sinto em todo lugar
Mas você se tornou o meu vício, o meu mundo, o meu céu, o meu ar
Desculpa se ainda te ligo, muitas vezes sem eu notar
É o impulso que sai do meu peito e vai te procurar

Desculpa por eu te querer tanto assim
Desculpa por eu te fazer ainda parte de mim
Desculpa por tudo que eu te falei sem pensar
Desculpa por eu simplesmente te amar...