sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Na primeira noite eles aproximam-se e colhem uma flor do nosso jardim e não dizemos nada....
Na segunda noite, já não se escondem; pisam as flores, matam o nosso cão, e não dizemos nada...
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta... E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada...
Eduardo Alves da Costa

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