quinta-feira, 4 de setembro de 2014

POR IMPULSO
Houve um dia, meu amor,
que por impulso me disseste: fica!
E sem pensar, fiquei.
Tentativas vãs de deter o tempo,
como se pudéssemos segurar
água e areia escorrendo entre os dedos.
Tentei ouvir o que não me disseste,
tentaste me dizer o que eu não quis ouvir
e a verdade se perdeu.
E o que fizemos dessas tantas chances
que nos demos?
Num rompante de recuo e de medo,
soltaste minhas mãos oferecidas
e esgarçastes a seda do desejo.
Louca, fiz dos sonhos uma fogueira,
e me ceguei para setembro.
Agora é tarde!
Por impulso, amor, por impulso
nos perdemos.
Leide Borges

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